terça-feira, 29 de março de 2011

Superlotação nos ônibus, Gente Nova

Meu colégio não é só um pouco diferente dos outros, eu reconheceria ele mais ou menos como um buraco negro de pessoas, porque cada vez que eu vou ao colégio, literalmente BROTAM da terra pessoas que eu nunca tinha visto e a pessoa que eu esbarrei na fila pra recarregar o RioCard, desapareceu no mundo, como se ela tivesse sido sugada por um vórtex e despejada em outro planeta. Eu só me dou o trabalho de saber o nome das pessoas da minha sala, porque se eu for perguntar por alguém de outra turma, corre sérios riscos de eu nunca mas vê-la na minha vida. Então, vamos mudar de assunto, posso te fazer uma pergunta? Por acaso você tem professor de química? Pois então, até o exato momento, eu não tive UMA aula de química, rolam boatos de que não tem professor, mas eu suspeito de que no primeiro dia de aula ele deve ter sido sugado por um esgoto e até hoje não foi enontrado. Outra coisa que eu também notei hoje foi que os motoristas de ônibus devem fazer uma espécie de competição pra ver quem carrega mais passgeiros dentro do ônibus, o estado do ônibus que eu peguei de volta pra casa era catastrófico, não tem palavra no dicionário que descreva o quão cheio estava o ônibus. Eu passei 20 minutos da viagem literalmente chapado no parabrisa, e quando você está nessa situação cada brecha, cada parcela de oxigênio que você ainda conseguir captar, é quase uma benção dos deuses, cada brisa no seu rosto, parece a última da sua vida. E eu também notei que todas as pessoas são solidárias, todas resolvem compartilhar o mesmo sofrimento, tipo "somos todos o milho da mesma bosta", todos parecem ser uma família, unida e suada.

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